Blue Living - Be water my friend..

...mais do q pessoal, reflexoes sobre a crescente desumanidade social e sobre as nossas lendas pessoais...a minha? o mar!

quarta-feira, setembro 16, 2009

The End of the road

Eu sou longínquo,como qualquer viagem que valha a pena.
Mais do que alguma vez saberei, o percurso modifica-nos... Molda-nos a carne e o espírito.
As rugas aparecem em redor dos olhos... As minhas são do Sol e da Maresia. Tal e qual as
minhas chagas são feridas que não curam... o Mar não deixa.. faz parte da viagem.
Viajando pela estrada escura, vislumbro o possível destino à esquerda, tanto quanto as luzes alcançam.
Convidativo.
Abrando quase como se fosse parar... Mas as mãos não me guiam para ali, e sem saber para onde
nem como, nem porque, continuo a avançar. Sucedem-se os acenares de Régio: "anda por aqui, anda por aqui." Mas não ireis por ai.
Será que algum viajante chegará sozinho ao seu destino?E interessa a viagem ou o destino?
Sabeis a facilidade com que as coisas se alteram e tomam o seu próprio e obrigatório rumo?
Pouco ou nada há a fazer... Podeis questionar o motivo, mas raramente tereis resposta pronta...
Quiçá um ou outro sorrir de compreensão quando finalmente se consegue vislumbrar o quadro todo.
O navegador exímio, é aquele que prevê a tempestade antes dela mesmo se formar, sem que isto afecte
o modo como o céu aberto o abraça e embala corrente fora.
Preocupação fora de tempo mata tão rápido quanto o vicio social fumegante. Não aniquila, vai destruindo,
infiltrando o nosso espírito e amordaça-o, amarra-o numa cave escura e mantém com ela uma relação
secreta durante os anos que se seguirem.
A indulgência quando dirigida aos outros é uma virtude, mas quando se trata de auto-indulgência, torna-se
um pecado. Pecado porém, não dos de carácter mortal, pois é tão doce quanto uma barra de chocolate
carente em casa.
E por isso, não faz mal prosseguir, sem parar, sem pensar, apenas sentir a vida a deslizar debaixo
pés e os cruzamentos um após o outro, passarem sem nada de muito mais interessante que os anteriores que
justifiquem a nossa paragem.
Haverá a saída perfeita, aquela que foi desenhada para nós. Existirá o destino que tem o nosso nome bem
assinalado e adaptado.
Ou não.
E acabareis a comer o chocolate amargo da auto-indulgência sozinho... no final da estrada.
dos nossos