Universalmente Falando
Era noite e a tua sombra vestia o meu corpo.
Pensava em ti ardentemente, como se tivesse consciência do meu respirar.
Caminhava junto ao mar, coleccionando conchas, esperando que ao virar de cada uma te visse a caminhar para mim.
Como Mar contra Falésia, como Vento contra Nuvens.
As ondas cresciam e as estrelas desciam dos céus. A terra tremia e tu Vulcão surgiste do chão.
Beijaste-me com salpicos de lava, para marcar e nunca mais esquecer.
Engoliste-me como se fosse um abraço.
Fizeste-me renascer.
De olhos fechados, vi-te sonhando: um par de lábios para beijar, um colo para aconchegar e um sorriso para abrigar.
Senti-me parte do Universo, percebi que o Tempo é escasso e todo o caminho tinha sido feito para chegar até ti.
E foi assim que a Vida ganhou um novo significado... Nós.
E desde então caminho para trás e para a frente, na mesma areia que te viu surgir, pisando as minhas próprias pegadas.
A magia há-de voltar… A magia há-de voltar.
Declarei Guerra ao Amor… Universalmente Falando.
2 Comments:
At 10:31 da manhã, Dina Faria Estassi said…
A magia volta sempre, Bernardo... Sabes porquê? Porque o Amor NUNCA magoa... A Vida sim... magoa profundamente...
At 10:38 da tarde, Anónimo said…
"Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim
Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti
Fazes pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar
Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim
Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre os luares perdidos no chão
Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim
De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti
Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar
Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti
De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim
Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão."
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