I´ve Lived Enough
Roubaram-me o pão da boca, quando era pequeno. Não tive direito a chupeta.
Fiz a minha sorte e rasguei caminho pelo ventre da sociedade que me não me olhava como semelhante.
Passei frio, sede e fome, testei os limites da pobre sobrevivência.
Fui nómada, cigano barbudo tomando banhos de água salgada, temporadas inteiras.
Jejuei 7 dias ingerindo apenas água, dormindo debaixo de telhas abandonadas umas vezes, outras ao relento com as estrelas como manta.
Já vivi o suficiente...
Tive colchões de penas e camas de pedra.
Já sofri, amarguei, chorei, desesperei e desisti. Mas também já sorri, amei e fui amado.
Dias tive em que me apeteceu morrer para fugir, outros em que adormeci pensado que hoje tinha sido um bom dia para morrer, mordendo um sorriso de concretização.
Lutei contra tudo e contra todos e alcancei a vitória com o esforço de uma vida. Mas também já fracassei, em queda livre despenhando-me desamparado no solo.
Apunhalaram-me nas costas, trairam-me, dilaceraram-me o peito, arrancaram a vida em mim. Magoaram-me, magoei, sofri e fiz sofrer.
Já vivi o suficiente...
Naveguei pelos 7 mares e já pisei 5 continentes. Desafiei a vida e sobrevivi para contar a história.
Fui desejado e já desejei, fui rejeitado e nem protestei.
Banhei-me no melhor e mais requintado conforto e molhei-me em torrente fria, correndo livre e despido pela manhã.
Projectei sonhos e vi-os concretizar. Desenhei a minha paz.
Já vivi o suficiente...
Encontrei Irmãos e desfiz inimigos em pó. Generoso calçando bondade e implacavel cuspindo fogo purificador.
Tolerante e impaciente. Impávido e sereno. Revoltoso e Solidário.
Fugi à prisão e cumpro até agora a pena de liberdade perpétua.
Carrego comigo o amor e reciclo os ódios em vento.
Sozinho, isolado no cume da mais alta montanha e ermita do lago.
Dei a volta ao Mundo, voltei ao ponto de partida. Mais enriquecido, pleno e satisfeito. Passei, ultrapassei, desafiaram-me e sobrevivi. Não vejo para a frente mais do que vi atrás.
A corrida acabou e eu não sou bom contador de histórias.
Fascinado para a eterna novidade das coisas, agora canso-me com o mundano Humano.
Mundo não tens mais nada para mim, este ciclo chegou ao fim.
Basta!! Não há como protestar, é altura de voar. Só há uma forma de me salvar. Aprender as cores, ganhar asas e partir. Pois tudo o que fazia sentido, desvaneceu por si.
Já vivi o suficiente... sem ti Amor.
Vem-me buscar.
Passei frio, sede e fome, testei os limites da pobre sobrevivência.
Fui nómada, cigano barbudo tomando banhos de água salgada, temporadas inteiras.
Jejuei 7 dias ingerindo apenas água, dormindo debaixo de telhas abandonadas umas vezes, outras ao relento com as estrelas como manta.
Já vivi o suficiente...
Tive colchões de penas e camas de pedra.
Já sofri, amarguei, chorei, desesperei e desisti. Mas também já sorri, amei e fui amado.
Dias tive em que me apeteceu morrer para fugir, outros em que adormeci pensado que hoje tinha sido um bom dia para morrer, mordendo um sorriso de concretização.
Lutei contra tudo e contra todos e alcancei a vitória com o esforço de uma vida. Mas também já fracassei, em queda livre despenhando-me desamparado no solo.
Apunhalaram-me nas costas, trairam-me, dilaceraram-me o peito, arrancaram a vida em mim. Magoaram-me, magoei, sofri e fiz sofrer.
Já vivi o suficiente...
Naveguei pelos 7 mares e já pisei 5 continentes. Desafiei a vida e sobrevivi para contar a história.
Fui desejado e já desejei, fui rejeitado e nem protestei.
Banhei-me no melhor e mais requintado conforto e molhei-me em torrente fria, correndo livre e despido pela manhã.
Projectei sonhos e vi-os concretizar. Desenhei a minha paz.
Já vivi o suficiente...
Encontrei Irmãos e desfiz inimigos em pó. Generoso calçando bondade e implacavel cuspindo fogo purificador.
Tolerante e impaciente. Impávido e sereno. Revoltoso e Solidário.
Fugi à prisão e cumpro até agora a pena de liberdade perpétua.
Carrego comigo o amor e reciclo os ódios em vento.
Sozinho, isolado no cume da mais alta montanha e ermita do lago.
Dei a volta ao Mundo, voltei ao ponto de partida. Mais enriquecido, pleno e satisfeito. Passei, ultrapassei, desafiaram-me e sobrevivi. Não vejo para a frente mais do que vi atrás.
A corrida acabou e eu não sou bom contador de histórias.
Fascinado para a eterna novidade das coisas, agora canso-me com o mundano Humano.
Mundo não tens mais nada para mim, este ciclo chegou ao fim.
Basta!! Não há como protestar, é altura de voar. Só há uma forma de me salvar. Aprender as cores, ganhar asas e partir. Pois tudo o que fazia sentido, desvaneceu por si.
Já vivi o suficiente... sem ti Amor.
Vem-me buscar.
3 Comments:
At 1:37 da tarde, Imaginares said…
...hoje sinto-me cansada... os dias parecem tão pequenos que passam por mim sem que eu acorde plenamente ou adormeça serenamente.
O tempo envolve-me como num rodopio de coisas e histórias até momentos longos e ausentes que num breve respirar vão e vêem. Não me apetece estar aqui nem ali, ver, ouvir ou sentir o que se passa ao meu redor...no meu lugar tranquilo sinto-me sozinha e no meio da multidão sufocada pelo ruído, o movimento rápido de quem corre lentamente ou de quem anda sem saber bem para onde ir.
...hoje sinto-me cansada... ausente de mim mesma e tão presente que me apetece tirar de mim a alma e deixar-me descansar, só por um bocadinho.
Corro insesantemente à procura de viver intensamente tudo..mas hoje sinto-me cansada...
Não quero que me escutem mas que me embalem num abraço tão forte como suave... não me apetece estar aqui nem ali...não me apetece falar, as palavras parecem não fazer sentido face à imensidão daquilo que dentro de mim consigo escutar... hoje sinto-me cansada...
At 2:00 da manhã, Anónimo said…
A solidão é a última coisa a oferecer. Oferece o teu amor.
At 9:33 da manhã, Anónimo said…
Missing our secret dark feathers moments...
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