"Bailarina"
Bailarina, rumas sem tino, fazendo corar até o Destino.
Ofereces-me metade da tua cara fria e nua, para que eu entenda, que és senhora, feitiço de Lua.
Dançando com duas conchas na mão, acenas-me balançando um sim e cantarolando um sorridente não.
Pensando que pisas no solo, escapa-te que te vejo bem alto, voando alada com as plumas que te fizeram acreditar não ter. E ainda que te julgues parada, eu vejo-te em dançante crescer.
Dizem-te oriunda de terras longinquas, mestre de danças exóticas, senhora de águas e ventos, fortalezas de ar e castelos de espuma.
Mas na minha certeza de maresia, paciência de marinheiro, reconheço-te de todo o lado e de lado algum.
No teu doce balanço, sereia e encanto, não trazes a resposta à minha pergunta, mas guardas em ti a mensagem.
Não te persigo, acompanho-te, não te chamo, apareces, não te desejo, tenho-te em mim.
Por isso bailarina, ouve esta harmonia, que reconheces casualmente e coincidentemente, não sendo minha nem tua,e dá-me o prazer desta última dança.
Ofereces-me metade da tua cara fria e nua, para que eu entenda, que és senhora, feitiço de Lua.
Dançando com duas conchas na mão, acenas-me balançando um sim e cantarolando um sorridente não.
Pensando que pisas no solo, escapa-te que te vejo bem alto, voando alada com as plumas que te fizeram acreditar não ter. E ainda que te julgues parada, eu vejo-te em dançante crescer.
Talvez seja musico de fraca bitola, poeta sem magia nem veia, rude de escrita. Mas ainda assim, sem saber ler nem escrever, aprendo a soletrar "Porquê?".
Observo-te à beira de um precipicio, onde certamente eu cairei, mas esse teu delicioso olhar será sem dúvida o último dos deleites que comigo levarei.Dizem-te oriunda de terras longinquas, mestre de danças exóticas, senhora de águas e ventos, fortalezas de ar e castelos de espuma.
Mas na minha certeza de maresia, paciência de marinheiro, reconheço-te de todo o lado e de lado algum.
No teu doce balanço, sereia e encanto, não trazes a resposta à minha pergunta, mas guardas em ti a mensagem.
Não te persigo, acompanho-te, não te chamo, apareces, não te desejo, tenho-te em mim.
Por isso bailarina, ouve esta harmonia, que reconheces casualmente e coincidentemente, não sendo minha nem tua,e dá-me o prazer desta última dança.
1 Comments:
At 2:01 da manhã, Anónimo said…
Dançando com Iemanjá...
"...Na mão direita tinha
O seu espelho onde vivia a se mirar
Quanto nome tem a Rainha do Mar?
Dandalunda, Janaína,
Marabô, Princesa de Aiocá,
Inaê, Sereia, Mucunã,
Maria, Dona Iemanjá.
Onde ela vive?
Onde ela mora?
Nas águas,
Na loca de pedra,
Num palácio encantado,
No fundo do mar.
O que ela gosta?
O que ela adora?
Perfume,
Flor, espelho e pente
Toda sorte de presente
Pra ela se enfeitar.
Como se saúda a Rainha do Mar?
Alodê, Odofiaba,
Minha-mãe, Mãe-d'água,
Odoyá!
Qual é seu dia,
Nossa Senhora?
É dia dois de fevereiro
Quando na beira da praia
Eu vou me abençoar.
O que ela canta?
Por que ela chora?
Só canta cantiga bonita
Chora quando fica aflita
Se você chorar.
Quem é que já viu a Rainha do Mar?
Pescador e marinheiro
que escuta a sereia cantar.
É com povo que é praieiro que Dona Iemanjá
quer se casar"
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