Blue Living - Be water my friend..

...mais do q pessoal, reflexoes sobre a crescente desumanidade social e sobre as nossas lendas pessoais...a minha? o mar!

sexta-feira, maio 20, 2005

"Eu já dei risada até a barriga doer, já nadei até perder o fôlego, já chorei até
dormir e acordei com o rosto desfigurado. Já fiz cosquinha na minha irmã só
pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de
chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já
brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e
trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já
passei trote por telefone, já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já
roubei beijo, Já fiz confissões antes de dormir num quarto escuro pro melhor
amigo. Já confundi sentimentos, Peguei atalho errado e continuo andando pelo
desconhecido.

Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me
cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já
tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais dificeis
de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já
subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Conheci a morte
de perto, e agora anseio por viver cada dia.

Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do
banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.

Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo estrelas.
Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil
pessoas sentindo falta de uma só.

Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem
vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios,
já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.

Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri
de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém
especial.

Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei
rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre,
mas sempre era um "para sempre" pela metade.

Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos
partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção,
guardados num baú, chamado coração.

E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: "- Qual sua experiência?"
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: "- experiência...experiência..." Será que ser
"plantador de sorrisos" é uma boa experiência? Não!!! Talvez eles não saibam
ainda colher sonhos!"


Anónimo

3 Comments:

  • At 12:21 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Vai...



    Para sonhar o que poucos ousaram sonhar.

    Para realizar aquilo que já te disseram que não podia ser feito.

    Para alcançar a estrela inalcançável.



    Essa será a tua tarefa: alcançar essa estrela.

    Sem quereres saber quão longe ela se encontra;

    nem de quanta esperança necessitarás;

    nem se poderás ser maior do que o teu medo.

    Apenas nisso vale a pena gastares a tua vida.



    Para carregar sobre os ombros o peso do mundo.

    Para lutar pelo bem sem descanso e sem cansaço.

    Para enxugar todas as lágrimas ou para lhes dar um sentido luminoso.

    Levarás a tua juventude a lugares onde se pode morrer, porque precisam lá de ti.

    Pisarás terrenos que muitos valentes não se atreveriam a pisar.

    Partirás para longe, talvez sem saíres do mesmo lugar.



    Para amar com pureza e castidade.

    Para devolver à palavra "amigo" o seu sabor a vento e rocha.

    Para ter muitos filhos nascidos também do teu corpo e - ou - muitos mais nascidos apenas do teu coração.

    Para dar de novo todo o valor às palavras dos homens.

    Para descobrir os caminhos que há no ventre da noite.

    Para vencer o medo.



    Não medirás as tuas forças.

    O anjo do bem te levará consigo, sem permitir que os teus pés se magoem nas pedras.

    Ele, que vigia o sono das crianças e coloca nos seus olhos uma luz pura que apetece beijar, é também guerreiro forte.

    Verás a tua mão tocar rochedos grandes e fazer brotar deles água verdadeira.

    Olharás para tudo com espanto.

    Saberás que, sendo tu nada, és capaz de uma flor no esterco e de um archote no escuro.



    Para sofrer aquilo que não sabias ser capaz de sofrer.

    Para viver daquilo que mata.

    Para saber as cores que existem por dentro do silêncio.

    Continuarás quando os teus braços estiverem fatigados.

    Olharás para as tuas cicatrizes sem tristeza.

    Tu saberás que um homem pode seguir em frente apesar de tudo o que dói, e que só assim é homem.



    Para gritar, mesmo calado, os verdadeiros nomes de tudo.

    Para tratar como lixo as bugigangas que outros acariciam.

    Para mostrar que se pode viver de luar quando se vai por um caminho que é principalmente de cor e espuma.

    Levantarás do chão cada pedra das ruínas em que transformaram tudo isto.

    Uma força que não é tua nos teus braços.

    Beijá-las-ás e voltarás a pô-las nos seus lugares.



    Para ir mais além.

    Para passar cantando perto daqueles que viveram poucos anos e já envelheceram.

    Para puxar por um braço, com carinho, esses que passam a tarde sentados em frente de uma cerveja.

    Dirás até ao último momento: "ainda não é suficiente".

    Disposto a ir às portas do abismo salvar uma flor que resvalava.

    Disposto a dar tudo pelo que parece ser nada.

    Disposto a ter contigo dores que são semente de alegrias talvez longe.



    Para tocar o intocável.

    Para haver em ti um sorriso que a morte não te possa arrancar.

    Para encontrar a luz de cuja existência sempre suspeitaste.

    Para alcançar a estrela inalcançável.**

     
  • At 2:05 da tarde, Blogger bernardo avatar said…

    Simplesmente adorável,doce e acre ao mesmo tempo.. Uma lição de vida!
    assina la isto para eu ter a honra de o colocar junto c os outros posts!

    B

     
  • At 2:34 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    ..um dia disse-te que os meus textos tavam sempre assinados...
    kat**

     

Enviar um comentário

<< Home