Que lágrimas amargas estas da tristeza de não Ter alegria...
A alegria de partilhar o entusiasmo, a extasiante inspiração de viver, nos limites, na penumbra, nas sombras da sociedade, mas acima de viver e fantasiar como será da próxima vez que encararmos o dia, que se aproxima a passos galopantes de gigante, para nos assombrar a noite com o fantasma de poder não chegar tão pouco.
A alegria de Ter apenas e somente um rosto alegre à nossa frente, quanto não seja unicamente o nosso refletido nas tuas lágrimas, que pretendemos enxugar.
A alegria de conseguir com uma palete de preto criar todas as cores do arco íris e outras tantas que ficaram por pintar.
A alegria de nos sentarmos a uma mesa rodeados de caras amistosas e acalmantes, familiares, ou em redor de timidas labaredas, na intimidade de um vasto areal.
A alegria de repartir a intensidade de um dia inesquecivel, ao pôr do sol, e dar graças a Deus por nos Ter concedido esta sumária felicidade, que compõe as nossas melhores memórias, as nossas recordações, a nossa essência.
A alegria de todos dias assistirmos ao milagre da vida, da criação, contrabalançando a misteriosa e sem sentido destruição.
Afinal, que lágrimas amargas estas da tristeza de Ter e não poder viver...
18.02.00
1 Comments:
At 4:26 da tarde, Anónimo said…
"Que lágrimas amargas estas da tristeza de estar viva e não viver..."
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