O caçador de dragões
... Era uma vez um rapazito, que desde pequenito se gabava que quando crescesse, queria ser caçador de dragões.
Não que alguma vez tivesse visto um dragão vivo, ou que esta mitica espécie animal lhe tivesse levado mal de qualquer tipo, mas apenas pelo encanto da cruzada, pelo fascinio da capa e espada e a incuravel romantica hipotese da donzela esquecida na torre mais alta do castelo mais inacessivel.
Mal a sua sombra cresceu o suficiente para lhe chamarem homem, inscreveu-se na primeira - e diga-se única - escola de caçadores de dragões que encontrou.
Apurou a técnica do manuseio da espada, desenvolveu técnicas e tácticas de guerrilha, ganhou agilidade fisica e mental.
Formou-se com a distinção de quem concretiza um sonho.
Não que alguma vez tivesse visto um dragão vivo, ou que esta mitica espécie animal lhe tivesse levado mal de qualquer tipo, mas apenas pelo encanto da cruzada, pelo fascinio da capa e espada e a incuravel romantica hipotese da donzela esquecida na torre mais alta do castelo mais inacessivel.
Mal a sua sombra cresceu o suficiente para lhe chamarem homem, inscreveu-se na primeira - e diga-se única - escola de caçadores de dragões que encontrou.
Apurou a técnica do manuseio da espada, desenvolveu técnicas e tácticas de guerrilha, ganhou agilidade fisica e mental.
Formou-se com a distinção de quem concretiza um sonho.
Como se o tempo lhe fugisse mais lento perante a sua ávida vontade, no dia da formatura, o seu lugar residiu vazio na cerimónia. O nosso rapazito já se conhecia de vulto, a caminho por vales e montes, procurando o primeiro dragão, caçando, indagando.
Mas a todo o lado que a interrogaçao pegava na conversa, a resposta era sempre um desanimador "Dragoes? Ja nao ha dragoes!!". Houve ate mesmo quem garantisse que dragoes eram coisa do imaginario dos outros, mais pequenos.
Os sonhos do nosso caçador começavam a esmorecer.
Passaram 3 anos de caminhos poeirentos, de sucessivas negativas.
Finalmente assumiu a derrota: nao existia semelhante coisa, nao havia dragoes.
Frustrado, esmorecido resolveu voltar ao ponto de partida.
Ao chegar e olhar para a sua antiga escola, escorreu-lhe uma ideia por entre as lagrimas de desapontamento vertidas.
Uns meses mais tarde, noutra terra, podiamos ver um letreiro orgulhoso: Academia de Caçadores de Dragoes, inscriçoes abertas.
E ai, o nosso caçador tornou se um mestre, contando e falando das suas epicas matanças, das caçadas com mestria e do bom combate.
E do outro lado da sala, um outro jovem escutava...
Era uma vez um rapazito que quando fosse grande queria ser caçador de dragoes...
Mas a todo o lado que a interrogaçao pegava na conversa, a resposta era sempre um desanimador "Dragoes? Ja nao ha dragoes!!". Houve ate mesmo quem garantisse que dragoes eram coisa do imaginario dos outros, mais pequenos.
Os sonhos do nosso caçador começavam a esmorecer.
Passaram 3 anos de caminhos poeirentos, de sucessivas negativas.
Finalmente assumiu a derrota: nao existia semelhante coisa, nao havia dragoes.
Frustrado, esmorecido resolveu voltar ao ponto de partida.
Ao chegar e olhar para a sua antiga escola, escorreu-lhe uma ideia por entre as lagrimas de desapontamento vertidas.
Uns meses mais tarde, noutra terra, podiamos ver um letreiro orgulhoso: Academia de Caçadores de Dragoes, inscriçoes abertas.
E ai, o nosso caçador tornou se um mestre, contando e falando das suas epicas matanças, das caçadas com mestria e do bom combate.
E do outro lado da sala, um outro jovem escutava...
Era uma vez um rapazito que quando fosse grande queria ser caçador de dragoes...
5 Comments:
At 3:00 da tarde, Anónimo said…
Humm... caçador de Dragões?! Tens um 'certo' jeito para teres vivo em ti o dom de contares histórias bonitas :) estou a ver... dom da palavra escrita (já que falado não sei - ups!) e do pensamento! Parabéns pois essa sensibilidade nem todos têm!
Ass. Menina Simpson
(há quem se atreva a fazer a sua caricatura Simpson... ahahah)
At 2:25 da tarde, Anónimo said…
Surpreendente, as filosofias, os sentimentos e ate mesmo os desejos que se escondem por detras de tantas palavras que indirectamente fluem...
Fascinante a curiosidade provocada por tao profundo olhar que esconde a pessoa que se "despe" de preconceitos e que nos obriga a questionar sobre sua propria existencia.
At 1:05 da tarde, Anónimo said…
Para um bom contador de estórias... aqui vai kuase... uma página virada! A propósito?! O que aconteceu à donzela?
Tinha um tom azulado, meio tosco, era grande e ao mesmo tempo mais pequeno que um grãozinho de areia.
Veio, sem medo… e tornou-se numa gotinha mágica que tomou conta de todas as cores daquela tela incerta e cheia de vida.
Aí, qualquer coisa desconhecida lhe deu brilho, um brilho que há muito não tinha…
…tinha-lhe sido roubado, não só o brilho como a vontade de brilhar!
Então, aquela gotinha inofensiva tinha trazido algo de novo a uma tela pintada de mil cores espalhadas e perdidas entre outras mil.
Conseguiu, quase…
Juntou as cores em dégrader perfeito, quase…
Uma das cores mais importantes daquela tela não se misturou, não conseguiu encontrar o seu lugar, mas, quase…
Foi absolutamente inacreditável…
Como era possível uma tela que se erguia de novo para o mundo não o conseguir por causa de uma única mas majestosa cor.
Pois…não havia nada a fazer…
Aquela tela voltára a ser o que era, mas desta vez sem aflições…
Com as suas cores todas baralhadas tornára-se, quase…
…a tela mais cobiçada de todas, por ter vivido, quase…
…a maior loucura da sua vida.
At 11:25 da manhã, Anónimo said…
Esses dragões deram um certo trabalho ao rapaz...É pena, mesmo muita pena que ele acabe mais tarde por banalizar e rebaixar o que outrora admirou e lhe deu tanta luta... "Sendo esta uma transposição de experiências vividas (?), seria bom que o rapaz levasse uma boa dose realismo e se apercebesse que Dragões EXISTEM...basta que ele deixe de os procurar. Pode até já ter encontrado e não ter reparado, cegado pela sede da matança!"
At 9:48 da manhã, Anónimo said…
Pois é :) Os dragões existem.
Mas todos lhes dão outros nomes.
E quem te diz a ti que não és um também?
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